SANTA MARIA EUGÊNIA E A FUNDAÇÃO DA CONGREGAÇÃO DAS RELIGIOSAS DA ASSUNÇÃO

“PROCURANDO BEM AS BASES DA MINHA FÉ, ACHO QUE POSSO REDUZI-LAS À MAIS SIMPLES EXPRESSÃO. SOU CRISTÃ E, ATÉ MESMO CATÓLICA, PORQUE NÃO VEJO RAZÕES SÓLIDAS PARA DISTINGUIR O BEM DO MAL NEM AUTORIDADE FORTE E REGRA SANTA QUE TRACE A LINHA DE SEPARAÇÃO … FAZ-SE CADA VEZ MAIS FORTE O PENSAMENTO DE UMA TOTAL CONSAGRAÇÃO A DEUS.”(SME, ANOTAÇÕES PESSOAIS)

Em 1837, Maria Eugênia encontra o Padre Combalot, homem de fé sólida e combativa, que há doze anos buscava fundar uma Congregação religiosa, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, cujo projeto de Vida Religiosa unisse a contemplação à educação das meninas. No primeiro encontro com Maria Eugênia, no confessionário, o Padre Combalot teve a intuição de ter encontrado a fundadora que ele precisava para realizar seu projeto.

Maria Eugênia reconhece nessa proposta a resposta do Senhor ao seu desejo de trabalhar para a vinda do Reino de Jesus Cristo, pela transformação da sociedade a partir do Evangelho.

Quando o Padre fala da fundação a partir dela, Maria Eugênia diz que não conhece a Vida Religiosa e que tem tudo a aprender, ao que o Padre responde: “Jesus Cristo será o fundador da nossa Assunção; nós seremos seus instrumentos e nas mãos de Deus os mais fracos são os mais fortes.”

Tendo encontrado a fundadora, o Padre passa a buscar companheiras para Maria Eugênia. A primeira a se juntar a ela foi a jovem Anastasie Bévier, dedicada à educação da Fé, através do ensino cristão.

30 de abril de 1839 – Ana Maria Eugênia, 21 anos e Anastasie Bévier, 22 anos, se encontram num pequeno apartamento em Paris, alugado por uma amiga do Padre Combalot. No dia 05 de agosto chegam, para fazer parte da pequena comunidade, duas jovens irlandesas, Kathérine O’Neil e sua irmã Marianne, que não continuou.

Em 14 de agosto de 1840, numa celebração presidida pelo Padre Combalot, as primeiras Irmãs da Assunção tomam o Hábito e assumem o nome religioso: Irmã Maria Eugênia, Irmã Maria Agostinha, Irmã Teresa Emanuel, que será a fiel companheira de Maria Eugênia, assumindo, durante gerações, a formação das jovens que chegam.

O Padre Combalot, por seu temperamento e instabilidade, não conseguiu realizar seu sonho e seu projeto será assumido e realizado por Maria Eugênia com o apoio das primeiras companheiras que, aos poucos vão chegando.

Com as constantes ausências e a falta de continuidade nas orientações, as dificuldades vão acontecendo e aumentando cada vez mais. No dia 03 de maio de 1841, Padre Combalot rompe definitivamente com a Comunidade e o projeto de fundação da Obra. Entre muitas lágrimas e oração, Maria Eugênia compreende e assume a responsabilidade do presente e do futuro da Congregação.

Após o rompimento, Padre Combalot escreve ao Arcebispo de Paris, confiando-lhe as Irmãs e a Obra. O Arcebispo, então nomeia o Padre Gross para acompanhá-las. Este, ao ver as dificuldades, quer fazê-las desistir, sugerindo que cada uma fosse para a congregação que escolhesse, conforme desejasse. Maria Eugênia, depois de rezar e refletir, escreve para ele: “O ideal que presidiu a fundação desta Obra é um pensamento de zelo e foi isto que determinou minha vocação.” E, acrescentou que, tanto ela como cada uma das Irmãs, estavam decididas a continuar na Obra.

Maria Eugênia, com a ajuda de sacerdotes amigos, com oração e muita reflexão, juntamente com as irmãs, vai elaborando os fundamentos da Espiritualidade e da missão para a Congregação. Depois de expor seu pensamento em relação ao ensino cristão ela escreve: “nossa posição não sendo emitir doutrinas, mas realizá-las… Desde que aprovem a direção das flechas e achem que atiro no alvo, não me sinto de modo algum obrigada a dizer onde fixei meu olhar para obter este êxito, mas ele está todo em Jesus Cristo e na extensão de seu Reino.”

O processo de reconhecimento da Congregação pela Igreja seguiu um longo caminho, desde 1866, com a apresentação da primeira redação das Constituições, até a sua aprovação definitiva em 1888. Depois de quase 50 anos de vida, é elaborado o texto como Regra de Vida para a Congregação.

“Adorador do Pai e Salvador dos homens, em um mesmo movimento de amor filial, Cristo chama as Religiosas da Assunção para viverem este Amor no coração da Igreja” (Introdução da Regra de Vida atual)

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