EM JESUS, UM MUNDO NOVO É POSSÍVEL

 Estamos celebrando o penúltimo Domingo do Tempo Comum e do Ano Litúrgico. Nesse domingo celebramos também a 5ª Jornada Mundial dos Pobres, decretada pelo Papa Francisco.

Os textos deste domingo nos fazem refletir sobre o que virá depois ou, o que acontecerá depois. A Liturgia aponta para o retorno glorioso do Senhor e nos mostra a presença de Jesus em nossa história. Lembremo-nos de que não haveria retorno glorioso de Jesus, sem antes haver passado pela cruz. Dá para perceber que a glória e a cruz estão perto uma da outra. Assim podemos dizer que “Em Jesus um mundo novo é possível”.

 Nos textos bíblicos de hoje, Jesus anuncia o fim das forças do mal. Em Jesus de Nazaré, “somos mais fortes que todas as forças do mal” e com Ele venceremos todo o mal.

O texto da Primeira Leitura (Daniel 12,1-3), nos mostra a situação vivida pelas comunidades judaicas da dispersão que estão sob o peso do império greco-romano,  fortemente marcado pela opressão, a miséria e a morte. Anuncia ao povo perseguido e desanimado que de Deus virá uma intervenção libertadora. Anúncio que visa trazer esperança para os que buscam viver na fidelidade a Deus e acreditar na vida eterna prometida: “brilharão como estrela, por toda a eternidade.”

Na Segunda Leitura (Hebreus 10, 11-14;18), lemos a Carta aos Hebreus, dirigida ao discipulado desanimado e cansado pela hostilidade de fora e os conflitos internos, isto é, dentro da própria comunidade. Propõe aos crentes buscar a relação com Deus Pai e tomar consciência de sua pertença à comunidade cristã, povo sacerdotal. É também um convite a viver em contínuo sacrifício de louvor, de entrega e de amor. Para nós fica o convite de aprofundar e revitalizar nossa experiência de fé, muitas vezes enfraquecida pela hostilidade do ambiente, pela acomodação, pela monotonia. Isso nos leva a uma falta de compromisso com a missão, ao desânimo, e até tristeza na vivência cristã e comunitária.

Vivamos o “Hoje” como se fosse o último dia de nossa vida. Santa Maria Eugênia dizia: “Não me preocupo com o ontem; já foi, mas, viver bem o “Hoje”, pois talvez o amanhã nunca chegue para mim”.

No Evangelho (Mc. 13, 24-32), Jesus pede aos seus discípulos, que estejam atentos aos sinais que anunciam uma nova realidade e disponíveis para acolher os novos apelos e desafios. E, viver assim, segundo o projeto de Deus. Esse mundo velho do egoísmo e do pecado vai cair. E Deus vai criar um mundo novo, de vida, de alegria e de felicidade,

Recordemos que este texto de Marcos fala de fatos ocorridos nos anos 66 a 70, quando Jerusalém é tomada e o Templo profanado e destruído. O Templo era um bem precioso e caro aos judeus em suas tradições. Parecia ter chegado ao fim do mundo; era como se tudo tivesse acabado. Marcos não se refere, aqui, àquilo que nós costumamos chamar “o fim do mundo”; mas refere-se à vitória de Deus sobre o mal que oprime e escraviza aqueles que optaram por Deus e pelas suas propostas. Esta imagem, usada por Marcos, promete à comunidade cristã o triunfo de Cristo sobre os poderes opressores. Promete também a libertação àqueles que, apesar das perseguições, continuaram a percorrer com fidelidade os caminhos de Deus.

Cremos que o ressuscitado vive e está presente em nosso meio; podemos perceber isto de muitas maneiras. Descobrimos sua presença na pessoa dos mais pobres e sofredores deste mundo, os “sem voz” e “sem vez”. Eles são os preferidos de Jesus porque são os preferidos do Pai. Não precisamos sair em busca dos preferidos de Jesus. Esbarramos com eles o tempo todo, sobretudo, os que têm fome e buscam comida. Vimos com tristeza nossos irmãos, disputando osso para comer! O Papa Francisco nos questiona perguntando: “Onde está o teu irmão?”

Hoje é o quinto ano da Jornada Mundial dos Pobres, proposto pelo Papa Francisco. Ele nos desperta para uma reflexão, oração e ação em favor das pessoas carentes e vulneráveis de nossa sociedade. Diz o papa: “Como se pode dar uma reposta palpável aos milhões de pobres que tantas vezes como resposta só encontram a indiferença, quando não a aversão? Que caminho de justiça é necessário percorrer para que as desigualdades sociais possam ser superadas?”(Carta do Papa Francisco).

Um estilo de vida individualista é cúmplice na geração da pobreza e miséria. Uma coisa é certa: pobreza e miséria não são frutos do destino, e sim da corrupção e ganância, tornando a vida dos mais pobres um pesadelo.

Para muitas pessoas os textos de hoje causam medo. Não tenhamos medo. Tenhamos esperança. O Deus de Jesus de Nazaré é um Deus Mãe: terno, compassivo, misericordioso.

Abramos nosso coração à conversão. Vivamos o HOJE.

 Irmã Geralda – Itapuranga, GO.

 

 

 

 

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