58º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES. COMO O BOM PASTOR NOSSA VOCAÇÃO É CUIDAR DA VIDA.

Proponho o tema do cuidado como chave de interpretação da mensagem deste Quarto Domingo de Páscoa, Domingo do Bom Pastor.

Cuidado, cuidar, é preservar, economizar, conservar, assistir … Cuidar envolve ajudar a si mesmo ou a outro ser vivo, tentando aumentar seu bem-estar e evitando que sofram qualquer dano. Assim faz o pastor: acompanha as suas ovelhas, está atento aos perigos, cuida de conduzi-las, cuidar e proteger a vida, não só de uma ovelha, mas de todo o rebanho.

O pastor é uma figura presente em toda a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse (Gn 4: 2; Ap 12: 5). Grandes figuras bíblicas como Abraão, Moisés e o rei Davi ocuparam esse cargo. Deus é comparado a um pastor (Salmo 23: 1-4; Isaías 40:10, 11) Na época de Jesus, pastorear ainda era comum. Ele disse de si mesmo: “Eu sou o bom pastor” (João 10: 2-4,11).

 Primeira leitura (Atos 4,8-12). Pedro convida um paralítico a andar em nome de Jesus. Questionado por um tribunal sobre esta cura, Pedro proclama – cheio do Espírito Santo – que não há outro nome debaixo do céu que pode nos salvar, exceto o nome de Jesus.

Segunda leitura (1 Jo 3,1-2) João diz-nos hoje que todas as riquezas da VIDA já estão presentes na vida quotidiana. Quando nos envolvermos no movimento autêntico do amor, romperemos nossos limites e viveremos a própria vida de Deus: seremos verdadeiramente “filhos de Deus”.

Evangelho (Jo 10, 11-18) Hoje Jesus nos traz esta Boa Nova: “Eu sou o Bom Pastor”, o Pastor que conhece as suas ovelhas e dá a vida por elas. Vamos abrir nossos ouvidos, mentes e corações para ouvir sua voz.

 Para refletir, lemos a mensagem do Papa para o 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações (Roma, São João de Latrão, 19 de março de 2021, Solenidade de São José)

 São José: o sonho da vocação:

 “As vocações tendem para isto: para gerar e regenerar a vida todos os dias. O Senhor deseja forjar o coração dos pais, o coração das mães; corações abertos, capazes de grandes impulsos, generosos na dedicação, compassivos na consolação das angústias e firmes no fortalecimento da esperança. É disso que o sacerdócio e a vida consagrada precisam, especialmente hoje, em tempos marcados pela fragilidade e pelo sofrimento causados ​​também pela pandemia, que suscitou incertezas e temores sobre o futuro e o próprio sentido da vida. São José vem ao nosso encontro… ele pode nos guiar ao longo do caminho.”

Ele cuidou de Jesus e Maria como um pastor:

“Para São José, o serviço, expressão concreta do dom de si, não era apenas um ideal elevado, mas tornou-se regra da vida cotidiana. Ele lutou para encontrar e adaptar um lugar para o nascimento de Jesus, fez o possível para defendê-lo da fúria de Herodes, organizando uma viagem repentina ao Egito, voltou correndo a Jerusalém para procurar Jesus quando ele estava perdido e apoiou sua família com o fruto de seu trabalho, mesmo em uma terra estrangeira. Em suma, adaptou-se às várias circunstâncias com a atitude de quem não desanima se a vida não correr como quer, com a disponibilidade de quem vive para servir. Com este espírito, José empreendeu as muitas e muitas vezes inesperadas viagens de sua vida: de Nazaré a Belém para o censo, depois ao Egito e novamente a Nazaré, e a cada ano a Jerusalém, com vontade de enfrentar novas situações a cada vez., Sem reclamar do que estava acontecendo, disposto a dar uma mão para consertar as coisas … 

A nós educadores, o Papa Francisco nos convida “… a dialogar sobre a maneira“ como estamos construindo o futuro do planeta ”… é preciso unir esforços para uma ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentação e oposições e reconstrução do tecido de relações para uma humanidade mais fraterna ”. Uma aliança, explica Francisco, “entre os habitantes da Terra e a casa comum, pela qual devemos cuidar e respeitar…”

 

Aceitemos mais uma vez o apelo para cuidar da vida!

IRMÃ LUCÍA DEL CARLO R.A
PUERTO IGUAZÚ –MISIONES- ARGENTINA

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