“Que vos ameis uns aos outros, como EU vos amei”
As três leituras deste domingo nos remetem ao Amor de Deus. Os textos entrelaçam entre si e trazem a clara afirmativa de que “DEUS É AMOR”.
Na primeira leitura, como bem testemunha Pedro ao proclamar para Cornélio que se prostrara diante dele: “Levanta-te eu também sou apenas um homem” (Atos 10,26). Com esse humilde gesto iguala-se ao pagão e ainda afirma que Deus não faz acepção de pessoas; e que é o Deus de todos os povos, não apenas dos judeus, quando profere em seguida que: “Pelo contrário ELE aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença” (Atos 10,35). Pedro é enfático ao dar continuidade a sua visita a casa de Cornélio e “mandou que todos fossem batizados no nome de Jesus Cristo” (Atos 10,48). No contexto daquela época era algo que afrontava a concepção dos judeus que tinham o entendimento de que a salvação não incluía os gentios, pagãos e aqueles não circuncidados. Pedro abre a porta da salvação a todos – através de sua atitude.
Nos nossos dias será que entendemos que todos devem ser acolhidos por nós como nossos irmãos, ou somos especiais, diferentes?
Na segunda leitura deparamo-nos com mais amor, quando João (1Jo 4,8) nos conclama a entender que: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é AMOR”. Simples assim. E se ainda há dúvida, João (1Jo 4,10) reitera: “Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ELE que nos amou e enviou seu filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados”. Prova de amor maior não há, recita o cântico. O texto reforça a misericórdia e o pleno amor de Deus pela humanidade ao recordar que para amar é necessário conhecer a Deus – porque ELE é amor. Prova inconteste desse amor imenso, inigualável é que enviou seu filho unigênito até nós, por nós, para expiação de nossos pecados.
Deus é AMOR: será que temos o pleno entendimento da importância deste enunciado?
O texto do evangelho deste domingo transborda de amor. Jesus não pede, ele decreta seu mandamento basilar, pedra fundamental do cristianismo (Jo15,12): “É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos”. É este o ordenamento de Jesus. Não há atalho, meio termo ou parcialidade. É taxativo: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Por acaso poderemos nós sermos cristãos escolhendo àqueles a quem devemos amar e separando em outro local os que não amamos? Observemos que Cristo refere-se a nós como “amigos”. Não servos, mas amigos, aqueles que participam da mesa. Da sua intimidade e da sua confiança. Eleva-nos à condição de “amigos”. Concluindo, observamos que Jesus deixa claro o seu vínculo com o Pai, além de nos conceder a graça de saber que “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá”.
Não é fácil ser cristão – “imitador de Cristo” – plenamente quando opto por amar ao outro como Ele nos amou. Fácil é quando escolho a “quem devo amar”; quando seleciono os que são “beneficiados pelo meu amor cristão”. Será essa uma atitude cristã? Fica para a nossa reflexão semanal o cumprimento (ou não) do maior de todos os mandamentos: “AMAI -VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI” …
@ADERSON CASTRO, Assunção Juntos, São Paulo.
Uma resposta
Trabalho muito bom, documentação por escrito de forma que podemos ler com prazer e gravar ensinamentos.