Depois das alegrias das festas de Natal, Epifania e Batismo de Jesus, estamos no início de um novo ano. Momento de repensar nossas comunidades, nossas famílias, nossos contatos, nossa ação pessoal e nossa Missão. Ou vamos deixar tudo como antes?
Parece que é o momento de, diante da situação em que nos encontramos – pandemia, dores, tristezas, trabalhos – a exemplo de Santa Maria Eugênia e seguindo seus passos fazer alguma resolução, tomar decisões, mudanças.
Vamos ler o que Santa Maria Eugênia propôs para ela no ano de 1862 e agora nos conta:
“Quero, neste ano, trabalhar seriamente para a perfeição, sem ilusão, sem “se”, sem “mas”, sem reservas, com toda a seriedade de minha alma e em tudo quanto seja da vontade de Deus. Para isso Jesus Cristo que é meu fim, é também meu meio. Eis todo o meu retiro.
Jesus Cristo é meu meio. Voltar aí sempre, sobretudo nos momentos de impotência, nas tristezas, nas impaciências, nas covardias. Isso é o primeiro que necessito. É aí que devo jogar minha alma e haurir toda a minha força, meus alívios e todas minhas esperanças.
Minha perfeição é ainda Jesus Cristo. Ir por Jesus Cristo a Jesus Cristo, isso é toda a minha vida, para que seja como Deus quer.
Pronuncio essas palavras com santo respeito, adoro essa condescendência infinita, mas não quero que o respeito e a adoração virem dúvida e temor.
É assim: Jesus Cristo é o meu caminho bem como minha vida, ele me deu tudo o que ele é, e não há hora em que não queira me ver utilizar seus méritos, suas virtudes, seus pensamentos, suas orações, sua força, seu coração para suprir minhas infinitas falhas. Ó meu Mestre e meu Deus, poderíamos acreditar nisso, se você não o houvesse dito e sob pena de lhe ofender, deixássemos de acreditar. Você é meu meio. Faça com que minha alma se sirva sempre de você para vencer-se, para se humilhar, para se desprender do mais íntimo e de tudo quanto por fraqueza, a escravizou. Com você e por você, o que há de difícil?
E que vida teria, se eu pudesse ir de você a você, ver você em tudo, na minha família, nos meus irmãos, irmãs, no meu trabalho, nos meus contatos, ao meu lado, dentro de mim e fora! Que vida santa e feliz seria, se eu a souber levar.
Somente compreendo bem, tenho que renunciar a tudo, deixar cair tudo o que não é de Deus ou por Deus, nada guardar de meu passado, de meu presente, nem de mim mesma. Oh! Como necessito pedir, sem cessar, o socorro de Deus para desejá-lo com vontade sincera e me manter nele.”
Esse tempo de pandemia nos deu ocasião para rever e repensar nossa vida. Será que, como Santa Maria Eugenia, temos agora coragem de colocar Jesus como centro e meio de nossas vidas? Tê-lo como o fim de nossa caminhada?”