A Ressurreição de Cristo é a nossa esperança

Celebramos hoje a grande Festa, a mais importante na história do cristianismo. A comunidade iluminada pela Ressurreição de seu Mestre e Senhor, começa a entender as palavras de Jesus que caminhou junto com eles e mostrou como Deus se faz presente no meio do povo escolhido.

Com Cristo Ressuscitado, “Se fazem novas todas as coisas”. É a certeza da salvação de Deus na pessoa de Jesus Cristo Ressuscitado e ressuscitador dos mortos. Isso é apresentado no episódio da ressurreição de Lázaro.

O Salmista nos convida a cantar: “Este é o dia que o Senhor fez para nós! Alegremo-nos e nele exultemos”! O apelo é anunciar o Ressuscitado com a vida, através do amor e do compromisso de anunciar do Evangelho. “Falar com sabedoria, e ensinar com Amor”. (CF.2022)

“Que o Evangelho se torne a norma e a lei de nossos julgamentos, pensamentos, sentimentos em relação a Deus, às criaturas e aos nossos irmãos e irmãs” (Santa Maria Eugênia de Jesus). Para que isso aconteça é preciso buscar as brechas para fazer chegar a muitos a proposta evangelizadora das missionárias e dos missionários do tempo presente. Buscar como entender e anunciar a Ressurreição de Jesus nos dias de hoje. Ressurreição como comunicação de Deus, em uma “Igreja em saída”, que alcança as periferias. Como o sol surgindo e espalhando seu brilho por todo o planeta terra e renovando a vida. A ressurreição só é entendida a partir do coração humano, onde Cristo é o centro. Assim foi para Maria Madalena, a discípula; assim foi para João, o discípulo amado, e para Pedro. Os sentimentos foram tão fortes que logo a comunidade foi se recompondo. “Senhor, dai-nos a força do Ressuscitado para que possamos ajudar a recriar um novo mundo”! “A Ressurreição de Cristo é a nossa esperança” (Santo Agostinho). “Se houvesse mais esperança, haveria mais santos.” (Santa Maria Eugênia de Jesus).

A primeira leitura (At 10,34 -.37-43) narra o encontro de Pedro com a família de Cornélio. Aqui encontramos o modo como Pedro atua na Palestina e como se vai dar a expansão da pregação dos discípulos até a Samaria, chegando aos confins da terra. Ir para além das fronteiras para anunciar o Cristo ressuscitado. Foi isso que Santa Maria Eugênia de Jesus quis para a Assunção quando fundou comunidades na África, na Ásia, nas Américas. Ultrapassar as fronteiras, pois o centro é Jesus Ressuscitado, que vai à frente. Correr o risco mesmo quando o caminho é novo, ser discípulo(a) missionário(a).

           

Na segunda leitura (Cl. 3, 1-4), o convite é tornar-se uma nova criatura pela experiência do Jesus Ressuscitado. O mistério que vivemos por meio da fé desabrocha em vida plena que gera o novo modo de ser e agir. “Jesus, que o meu jeito seja o seu jeito”.

O texto do Evangelho (J0 20,1-9) fala da busca das mulheres por Jesus. Uma era Maria de Magdála. Durante a noite planejaram a ida ao lugar onde haviam colocado o corpo de Jesus. Parece que estão pensando encontrar um corpo sem vida, preso em um lugar escuro e sem saída. Preocupadas e com medo, procuram por aquele que conquistou os corações e mudou a vida das pessoas.

O que parecia o fim, agora é o começo de tudo, pois a morte foi vencida, a luz espantou as trevas. “Não tenhas medo”. Vá levar a boa Nova para quem não sabe. É a novidade prevista pelos profetas. Anuncia a descoberta do túmulo vazio seguido da “aparição” humana de Jesus na pessoa de quem pensaram ser o jardineiro. Buscavam um corpo para colocar perfumes e encontraram o Senhor vivo. Não entenderam o segredo e ficaram surpresas com o que viram. A contemplação muda a direção dos sentimentos, assim ocorreu com essas mulheres apaixonadas pelo Mestre Jesus. As dúvidas que carregavam nas mentes foram substituídas pela certeza da ação de Deus na história da humanidade.

As leituras bíblicas deste Primeiro Domingo da Páscoa têm como objetivo levar as pessoas a crerem em Jesus e, acreditando nele, tenham a vida eterna. É um convite para fazer a travessia ao longo da vida, na busca constante de Deus na vivência do Evangelho. “Ele viu e acreditou”. Acreditar é ter certeza de que Jesus está conosco, caminha ao nosso lado. Ele está vivo. Eis a razão do canto que deveria encher todas as Igrejas neste Primeiro Domingo da Páscoa. “Pela alegria, que reina em toda parte, na natureza tão cheia de esplendor, no ar festivo, nas cores viva, eu sinto a tua e minha Páscoa, ó Senhor.

Adentramos no mistério da Ressurreição para fazer a experiência de fé com o Senhor fora do túmulo. Quem encontra o Ressuscitado, se torna uma criatura nova, procura as coisas do alto, onde Jesus Cristo está com o Pai. Desde aí, ele cuida de cada uma das suas criaturas. Ele é humano e sua presença muda a “água em vinho” a tristeza em alegria.

Feliz Páscoa para você! O Senhor está Vivo! 

Irmã Maria Teixeira Filho. RA

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