Estamos no Quinto Domingo da Quaresma, tempo propício a reflexões e conversões. A Campanha da Fraternidade, que este ano completa sessenta anos de sua edição, apresenta um tema sugestivo para a caminhada quaresmal: Fraternidade e Amizade Social, com o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8).

Esse tema nos remete a por em prática conhecimentos anteriores que será de bom grado relembrar e atualizar nossas perspectivas de primeiro Ver, – para entender as situações que geram inimizades, fome, vícios depredativos e tantas outras violências.

A segunda perspectiva Iluminar – ver com profundidade e entender as relações humanas, a necessidade de fazer aliança, como nos lembra na primeira leitura (Jr 31, 31-34), com o formato de uma nova aliança onde acredita na conscientização, na passagem que coloca: “Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: ‘Conhece o Senhor’! Todos me reconhecerão, do menos ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade e não lembrarei o seu pecado”.

Esse olhar nos aproxima do evangelho, da vida de Jesus Cristo. O terceiro é o Agir – ainda lembrando a proposta quaresmal, o evangelho de hoje (Jo 12,26) nos alarga horizontes com duas grandes ações, a primeira quando Jesus diz: …” Em verdade, em verdade nos digo: Se o grão de trigo cai na terra não morre, ele continua sendo só um grão de trigo; mas se morre, então produz fruto”.

Então, a nossa ação tem que ser definida em: o que fazer, onde fazer, para que fazer e para quem fazer.

Ainda pensando no trigo, precisamos preparar a terra, remover os obstáculos, adubar a terra onde a semente morrerá, mas será regada e cuidada para brotar, dar frutos que servirão de alimentos para muitos e que poderão ser compartilhados com os irmãos.

A amizade social nos propõe viver uma solidariedade e uma vida amorosa, fazer a experiência do amor de Cristo de forma fraternal.

O segundo momento é quando Jesus sente-se angustiado mas consciente de sua missão. Ele se compara ao grão de trigo que ao ser plantado brota frutos e são esses frutos exemplos de vida eterna. Jesus nos indica com a sua vida, com seu exemplo, o caminho que devemos seguir.

Santa Maria Eugênia disse: “É preciso sentir o peso da terra e buscar nossa passagem”. E nesse pensamento vemos que a semente para brotar descobre sua passagem para se tornar visível e florescer, dar frutos e fortalecer a humanidade. 

Quanta beleza divina! A natureza demonstra nessa criação, que a mãe terra propicia o cio, e o ser humano torna-se necessário na contribuição dessa fecundação e na responsabilidade para tornar a vida mais justa e fraterna, seguindo o exemplo de Jesus Cristo.

Socorro Sales –  Assunção Juntos – Brasília