“Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”

DIA DO PAPA

Celebramos hoje a memória festiva dos apóstolos Pedro, Paulo e o dia do Papa. Colunas do legado de Jesus Cristo.
Nestes três personagens, está a força regeneradora do Evangelho, que indica o horizonte do Reino de Deus. O martírio de Pedro e Paulo, sustenta a postura de seu seguidor. Papa Francisco nos Documentos atuais, dá orientações claras e seguras para a continuidade da herança que recebemos das primeiras comunidades cristãs.
Com o coração aberto para acolher os sinais do Reino de Deus, com olhos fixos na realidade que clama por vida e justiça, escutemos o que Deus tem a nos dizer por meio das leituras de hoje:
A primeira leitura conta um episódio revelador da presença de Deus na vida de Pedro. Ele sai livre de uma cadeia e dá testemunha do rompimento das correntes que o aprisionavam. Em que estamos amarrados (as)? Impedindo a extensão do Reino de Deus no mundo?
Na segunda leitura, Paulo, com um olhar retrospectivo sobre o chamado de Jesus, assume a missão evangelizadora das comunidades.
No evangelho a pessoa de Pedro se destaca pelo testemunho e o anúncio de que Jesus é o Filho de Deus.
Papa Francisco, nos dias de hoje, chama o mundo para a comunhão, sinodalidade e ouvir o clamor da Mãe Terra, através das Encíclicas e Cartas pastorais.
A Primeira Leitura (Atos 3,1-10) é um relato sobre a situação da comunidade cristã perseguida pelo governo da época. Quem participava ativamente do cristianismo, era torturado e assassinado. “Era o dia dos Pães ázimos”. Pedro foi preso e acorrentado dentro do cárcere. A união da comunidade, conectada com a fé no Jesus Ressuscitado, libertou Pedro da prisão.
O salmo de resposta à primeira leitura (18,1-25), é uma oração de gratidão, feita pela comunidade que se reconhece libertada das amarras do mal. Quem acredita que Jesus é o Filho amado de Deus experimenta sua presença libertadora. Rezando este salmo descobre-se a força transformadora que gera vida e uma abertura para a prática da justiça e da verdade. “De todos os temores, o Senhor nos livrou”.
A Segunda leitura (2Tm 4,6-8.17-18), é uma carta pastoral destinada a Timóteo. O conteúdo confirma o término da missão do autor. “Combati o bom combate, completei a corrida”. Como encontrar suporte para responder, no cotidiano, o que Deus nos pede? Retome a Leitura da carta de Timóteo como iluminação para reflexão pessoal e comunitária.
O relato do Evangelho (Mt 16, 13-19) deste domingo, situa-se no norte da Galileia, em uma região chamada de Cesareia de Filipe. Mateus centraliza a mensagem do Evangelho neste relato. No texto aparece a conversa entre Jesus e Pedro. Pedro revela a identidade de Jesus. A comunidade precisa de alguém que possa revelar o que Deus pede no momento de oposição e resistência. Naquele tempo, as comunidades tinham uma ligação forte com as lideranças que deram origem a elas. Como exemplo, as comunidades de Antioquia na Síria cultivavam sua ligação com Pedro.
Uma boa liderança ajuda a cultivar a fé e a espiritualidade. No texto de Mateus, aparecem as opiniões do povo e dos discípulos sobre a pessoa de Jesus. Cada qual responde a partir de sua experiência de vida. Pedro neste momento, recebe a revelação do Pai e diz: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus dá a Pedro missão de confirmar a comunidade. Pedro é fundamento solido, chamado a resistir contra as perseguições e injustiças. Aqui recorda quando Deus falou ao povo no exílio: “Vocês que buscam a Deus e procuram a justiça, olhem para a rocha (pedra) de onde foram talhados, olhem para a pedreira de onde foram extraídos. Olhem para Abraão seu pai e para Sara sua mãe. Quando os chamei, eles eram um só, mas se multiplicaram por causa da minha bênção” (Is 51,1-2). A benção de Deus é de geração para geração e chega até nós dias de hoje, é graça que jorra para a eternidade.
O Mestre Jesus confia a Pedro o projeto de libertação que Deus tem para com toda a criação. O modo como Pedro age em relação a ação de Jesus, faz Jesus depositar em sua pessoa a confiança e a segurança da Missão evangelizadora. A fragilidade do discípulo não impede sua entrega ao que lhe foi confiado por Deus. O Espírito Santo de Deus conduz a história da promessa de salvação e reconstitui a aliança com Deus feita com os antepassados. Até nos tempos atuais Deus pede a fidelidade ao projeto de Bem Viver. É a ação de Deus atuando, através dos pequenos e simples que se deixam modelar pela graça que recria e sustenta a fé
Concluindo, a verdadeira comunidade se fundamenta no testemunho das discípulas e discípulos que conviveram com Jesus antes de nós. Deus se completa na simplicidade e fé de quem se reconhece pequeno, sua centralidade é Deus.

Irmã Maria Texeira
Brasilia

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