ENCONTRO DE DUAS MULHERES

A liturgia de hoje anuncia para toda a humanidade o encontro de duas mulheres que carregam em seu ventre a realização da promessa da Nova aliança de Deus para com seu povo escolhido.
A história do Primeiro Testamento se revela na pessoa de Isabel que gera em seu corpo aquele que dá testemunha do Messias, o desejado das Nações. Em contrapartida vem Maria a aquela que traz em seu ventre o Salvador. Aqui, o Segundo Testamento, entra em cena para dizer ao povo que andava nas trevas, que de agora em diante caminharão na Luz. Maria e sua prima Isabel se unem em uma missão profética de esperança. Isabel publicamente declara que Maria é a Mãe do Salvador prometido. Maria responde com o Cântico do Magnifica confirmando a fala de Isabel.
Daqui para a frente, todas as gerações levarão esta profecia até os confins do mundo. A conversa entre estas duas mulheres esperançaram quem andava desanimado no meio das trevas. Por meio delas a bondade e a misericórdia de Deus atravessou o mundo, todo o povo viu a salvação entrar no universo criado, para que todos tivesse um modo de vida, de vida em abundância. No meio das trevas viu-se uma grande Luz.
Na primeira leitura, a profecia de Miqueias fala que de uma pequena cidade, de onde vai sair aquele que terá a compaixão de todas as nações e o povo vai viver em paz, pois Ele é a Paz que vem ao mundo.
O Salmo de meditação é a promessa que todos desejam: que haja iluminação na vida, paz na terra e a mão do Senhor seja a proteção para o povo. O salmista pede vida e premente louvar a Deus para sempre. Há um grito de conversão desejando a salvação que vem de Deus.
A segunda leitura, direcionada ao povo hebreu, chega também, para nós que somos filhos e filhas de Deus. Confirma a presença do Salvador Jesus Cristo o Senhor: “Eu vim para fazer tua vontade”. Esta vontade nos santifica pelo bondade e misericórdia com a qual Ele nos conduz no seu amor.
O Evangelista Lucas nos apresenta um episódio importante para os dias de hoje. Uma mulher de nome Maria, ao receber a visita de Deus em sua casa, e concebeu no seu seio o Filho da Promessa; Maria não guarda para si esta riqueza, ela se põe logo a caminho em direção a região montanhosa para partilhar os planos de Deus para com sua prima e para toda a humanidade. Maria sente que o mistério de Deus está na história do povo. Sua prima Isabel confirma este sentimento de Maria.
Maria representa as comunidades de seu tempo, ela dá dicas de como deve ser a ação, o serviço dentro e fora da comunidade. E Ela vai servir através de ação cotidiana, onde alguém aguarda um gesto de solidariedade e serviço fraterno. Esta visita vai mais longe, ela se transforma em uma celebração de ação de graças e louvor ressaltando a beleza e grandeza de um Deus que se encarna no ventre de uma mulher para se tornar conhecido, amado, servido aceito como o Senhor que nos salva da morte e liberta o povo da escravidão. É o Messias tomando forma humana para revelar o rosto terno e materno de quem criou todas as coisas que sustenta e reanima o ser criado a sua imagem e semelhança.
Depois de tudo isto, só nos resta gratidão e entrega ao projeto de vida que nos é oferecido cada dia, em todo momento. O Filho de Deus revestido de carne humana, para nos ensinar o jeito novo de ser nos dias de hoje. Só nos resta agradecer e trabalhar para tornar Jesus Cristo conhecido, amado e servido por todos e todas. Maria não pensou duas vezes, saiu ás presas. Entendeu muito bem sua missão de ser a Mãe- salvadora. O fato de estar gravida, justificaria ficar em casa curtindo a gestação. Ao contrário, correu em direção de quem mais precisa de sua companhia, de sua presença, de seu apoio e solidariedade no momento difícil da vida. Maria pensou nos necessitados e excluídos. Deu o de melhor, entrou no coração das pessoas e mexeu com as entranhas da humanidade. Até hoje lembramos com carinho, afeto, ternura e gratidão da Mãe de Jesus e nossa Mãe, Maria de todas as Marias, Senhora Nossa das horas tristes e também dos momentos alegres. Celebrar a presença destas duas Mulheres na vida das comunidades, nas famílias é como um balsamo que se espalha por todo o ambiente e toma conta das pessoas, pode mudar o cenário.

Irmã Maria Texeira Filho

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