A festa Litúrgica dos santos é celebrada no dia de sua morte, lembrando a sua entrada na Glória. Uma exceção para São João Batista, pois a liturgia da Igreja celebra seu nascimento e seu martírio.
Anne Marie Eugenie Milleret de Brou, que se tornou como Religiosa da Assunção, Irmã Maria Eugênia De Jesus, nasceu na França em 26 de agosto de 1817 e morreu no dia 10 de março de 1898. Foi Beatificada, declarada “Bem Aventurada”, pela Igreja em 09 de fevereiro de 1975, pelo Papa São Paulo VI. Em 03 de Junho de 2007 foi Canonizada pelo então Papa Bento XVI. O que significa que ela foi declarada Santa, entre os Santos reconhecidos pela Igreja.
Quando tinha vinte e cinco anos, Irmã Maria Eugênia escreveu nas suas anotações pessoais (Notas Íntimas): “Tenho um desejo de ser santa que é agora toda a minha preocupação” (N.I240/01– 23.12.1842)
Alguns anos mais tarde, dirigindo-se ao seu Orientador Espiritual, escreveu: “Acho que este Retiro deve ser uma renovação completa na minha vida; tenho 39 anos, por que não andarei agora no caminho da santidade ?” (C. 2574 – N.I 217/01).
Para Santa Maria Eugênia, a perfeição, em outras palavras, a santidade, consiste na já bem conhecida frase dela: “Ser o que se é com o máximo de plenitude possível”. Assim falando às Irmãs sobre a importância de fazer a vontade de Deus, ela dava a seguinte orientação bem prática: “Aplicar-se no momento presente, em lugar de ir adiante, pelo desejo do que não se tem ou ir para trás, pelo desgosto do que não se tem mais” (21.04.1882).
Como Fundadora e Superiora Geral, esteve à frente da Congregação, desde a sua fundação em 1839 até o ano de 1894. Numa reunião geral com as superioras das Comunidades, estas reconhecendo que as responsabilidades já estavam sendo pesadas demais para Madre Maria Eugênia, sugerem-lhe que peça demissão. Em resposta ela diz: “Acham que já é o momento? Então, só me resta atender”.
O peso dos anos vai aumentando e a saúde se enfraquecendo cada vez mais. Seu olhar fixa frequentemente o Cristo na Cruz e ela diz: “Olho meu Senhor”. As Irmãs e outras pessoas que a conheceram e admiravam sua inteligência brilhante e sua personalidade viva e independente, admiram sua paciência e simplicidade em se deixar cuidar. O médico que a acompanhava testemunha dizendo: “Madre Maria Eugênia escreve neste momento, a mais bela página de sua vida”.
Quando fez os Votos Perpétuos, ela escolheu para gravar no seu anel – aliança – a reposta de São Pedro a Jesus, quando perguntou se ele O amava: “Senhor, tu sabes bem que eu Te amo”.
Os santos são “um projeto de Deus levado à perfeição”; para nós, são modelo, inspiração e intercessores.
